Ainda consome e arde cá dentro. Mas hoje, especialmente hoje, fazes-me falta. Faltas-me pelo simples facto de no final deste dia poder ir a correr para o teu quarto e poder encontrar-te lá, só para um «olá» ou para uma conversa mais demorada, onde só eu falaria, sem problema algum. Porque em tempos, habituei-me a só ouvir a minha voz naquele quarto, porque fui forçada a isso, porque ficaste sem voz, resultado de uma decisão inconsciente. Não sei, fazes-me falta a cada instante, a cada mero segundo. A confusão veio visitar-me hoje, e se cá estivesses terias autoridade suficiente para a mandar embora com a mesma rapidez com que veio. Como já disse, faltas-me. Hoje especialmente, faltas-me vô.

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