Estamos a falhar. Estás-te a esquecer que funciona para os dois lados, e eu estou-me a esquecer de te obrigar a falar. Ou melhor, não fales. Olha-me nos olhos, eles entendem-se melhor do que nós as duas. Sabes disso (..) A amizade é assim, ás vezes requer tempo e paciência, e um bocadinho de aperfeiçoamento. Peço-te: fecha os olhos quando te fizer caretas e tapa os ouvidos quando te falar alto e torto. Farei o mesmo contigo: fecharei os olhos ás coisas feias que fazes e taparei os ouvidos para não ouvir os teus disparates ou, neste caso, o teu silêncio horrível. Como sabes, eu preciso de palavras, preciso e necessito de comunicar e estás-me a privar disso; é bom ver que já me conheces, que já sabes quais são os meus pontos fracos, mas por outro lado, não me agrada nada que saibas como funciono. Preferia que fosse tudo mais simples, mas as relações não são fáceis, sejam elas quais forem, certo?! E a nossa, para além de não-fácil, é também um tanto quanto esquisitinha, e adapta-se tãããããão bem á nossa imagem. Não queria repetir nada do que te disse anteriormente porque tu, melhor do que ninguém, sabes bem o que és e significas na minha vida. Tu, melhor do que ninguém, sabes a etiqueta invisível e não-ainda-pronunciada que tens. Fica tudo como tu quiseres que fique (..)

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