Uma coisa que fizemos mal: demos por garantido o abrigo que tínhamos um no outro, e esquecemo-nos que um dia tudo acaba, seja da maneira que for e nós, pumba, não fomos excepção. Desiludi-te e acho que desde o inicio esse era o meu grande medo e quando deixei de me preocupar, aconteceu. Lamento que tenhas descoberto, seja o que for, a meu respeito que não te agradou, de todo. Dei-te a minha melhor parte, mostrei-te o que tinha de melhor e esqueci-me - não, de todo que não foi esquecimento mas acho melhor chamar-lhe assim - que tinhas o direito de saber o resto; continuo a chamar-lhe medo, não queria que saísses da minha vida e se te contasse, olha o que aconteceu.. Não te quero de volta, não era justo pedir-te isso porque te conheço e sei que és incapaz de me perdoar ou de esquecer isto, mas quero que saibas que nada do resto foi mentira, nada. Eras o meu anjo da guarda, o meu melhor abrigo e o meu maior amigo, disso espero que nem tu tenhas duvidas. Dei-te mais do que alguma vez me dei a mim mesma. Eras a minha prioridade e não me arrependo, de todo, que assim tenha sido; sorri muito, sozinha, á nossa custa, á custa do que construímos; tive muita força através de ti, tinhas essa linda capacidade. E mais, eu admiro-te, ainda continuo a admirar, espero que saibas. Sempre que estiveres perante alguma dificuldade, lembra-te que em silêncio dar-te-ei força para que não baixes os braços; sempre que fores jogar, lembra-te que és o meu campeão, independentemente do resultado final, eu soube o quanto te esforças e o quanto dás de ti. Lembra-te, em silêncio estarei sempre do teu lado, sempre, incondicionalmente, como me fartei de te relembrar.
Estava a fazer a cama e lembrei-me: tenho que lhe escrever qualquer coisa, tenho mesmo. E sentei-me, comecei a escrever e olha, ainda aqui estou. Nunca me cansava de escrever para ti, havia sempre algo a dizer, algo a contar, sempre. Tinhas esse dom, não me cansar; eras tão simples e delicado ao mesmo tempo.. Deliciava-me com isso, tu sabes. Ah, estou a escrever ao som daquela musica que tu gostavas, Train - Drops of jupiter, a versão acústica, bem mais bonita e ao meu gosto. Escrevia sempre ao som dela, isto é, sempre que escrevia para ti.. Não tenciono dizer-te mais nada até ao teu dia, conheço-te, precisas do teu tempo/espaço e eu não quero incomodar.. Talvez não aguente e até diga alguma coisa: que tenho saudades tuas e que não desisti de ti; conheces a minha persistência chata, sabes bem que eu não desisto e isso torna-se incomodo, eu sei, mas também foi á custa disso que nunca te deixei ir.
Hum, nunca falamos ao telefone nós, mas ainda tenho aquela gravação tua a tocares piano para mim - The scientist - , pois é, sabes que não esqueço, és um anjo - usei o verbo no presente, também não o vou mudar, o coração é que fala.. Vá vá. És um homem, e apesar de não te ter acompanhado nestes últimos meses aposto que me iria orgulhar de ti mais do que nunca. Tu cresces a todos os segundos, interiormente, eu sabia-o; ultrapassaste fases que sabe Deus, e venceste-as, a todas! Isso é um orgulho enorme. Tu és lindo e nunca, nunca deixarás de ser um príncipe cheio de segredos maravilhosos. Um beijinho no mindinho, e espero que nunca desistas de mim, porque eu, jamais vou desistir de ti. (escrito a 14 de setembro.)

3 comentários:

keeks disse...

adorei o texto, completamente ♥

Inês Rafael disse...

adoro princesa!
estás bem? /:

Eva Pereira disse...

não tens de agradecer, quero que tenhas sempre muita força*