Amanhã já contamos mais um mês, e menos um para completar o primeiro ano. Estás tão longe agora, perdi-me de ti nos últimos meses. Sabes, as saudades congelaram, estagnou isso. Já não choro; já não sinto necessidade de te ouvir; já não anseio as tuas mãos a mexer nos meus cabelos. O tempo levou-me isso e trouxe-me algo estranho, um vazio ao qual me adaptei, um vazio que me ensinou a viver sem ti, sem conversar contigo todos os dias. Mas sabes vô, ás vezes sinto o teu cheiro, e ás vezes, hum, ás vezes apetece-me comer chocolate branco só porque era o único que partilhávamos. Talvez te queira de volta, noutra altura, mas hoje não, hoje quero-te aí, porque preciso que olhes por mim.