Gostar só nunca chega, para nada. Falta o respeito; falta a dedicação; falta a entrega; falta o companheirismo e falta ainda mais uma série de coisas que tu nunca tiveste em conta. Pois é, fomos durante tempo suficiente um exemplo de uma relação não saudável. E culpo-te a ti, sim, todo o (meu) mundo o sabe: tu erraste, tu não cuidaste, tu não estavas presente, tu não acompanhavas e acima de tudo, tu não respeitavas. E mesmo sabendo que algo se passava, mesmo não sabendo ao certo o quê, nunca quis acreditar; o amor fala sempre tão mais alto que se tornava ensurdecedor. E tu nem te atrevas a falar comigo desta vez, porque vais omitir tudo, sempre foste tão cobarde; nunca tiveste tomates para admitir fosse o que fosse; e eu deixei-me ir na tua onda, levada pelo imenso amor que me unia a ti. Eu sei, és emocionalmente atrasado, mas porra, isso não é desculpa! Existem coisas que temos que saber fazer, existem coisas que não são humanas sequer e tu és uma merda, isso, tal e qual. E ao fim deste tempo ainda fui surpreendida pelas tuas artimanhas; ao fim desta porra de dois anos um mês e quinze dias, tu ainda conseguiste pôr o meu coração em estado de choque, sem saber o que fazer. No entanto não penses que volto a cair, porque desta vez não é igual: já não existe amor, nem ponta dele, nada, zero Manel. Metes-me nojo, metes-me muito nojo por seres assim, sem coração e um tanto quanto desumano.

p.s: nada bonito, mas um desabafo